quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A flor e o vampiro – o amor possível.



Ela era a mais bela daquele exuberante jardim, exalava um perfume semelhante ao cheiro do amor, tinha uma suavidade em suas pétalas inimagináveis a qualquer mortal.
Ela era de cor indescritível tamanha a sua mistura de cores, era algo muito perfeito para ser somente uma flor, era uma flor com alma de mulher.
Vivia nesse jardim e se perpetuava por um tempo jamais vivido por outras flores, essa era ela, a flor mais bela desse jardim.
Um dia ao por do sol eis que surge ele, um ser metade homem, metade animal, um ser raro, um vampiro, não um vampiro comum, não um vampiro sugador de sangue, um vampiro que suga a o amor de qualquer ser.
Foi amor a primeira vista, ao passar com seus olhos sobre o jardim, ele parou na flor, olhou por vários momentos, olhou bem no fundo da sua alma e como num toque de mágica, coisa comum aos dedos de DEUS, ele se apaixonou.
Não se passou uma só noite sem que o vampiro viesse ao jardim para apreciar aquela flor, olhando por horas para a sua forma, não se contentado em ver somente um pouco de sua cor ajudado pela luminosidade de um céu com mil estrelas.
A cada por do sol a rosa já buscava a presença do vampiro, já exalava seu melhor perfume, já soltava pétalas pelo ar, pétalas essas que eram rapidamente repostas pelo seu poder de vida e assim continuar sempre a mais bela do exuberante jardim.
Já sabidos de uma paixão avassaladora, a flor e o vampiro, se olhavam sem entender de onde brotava aquela louca paixão. O que a natureza fez com esses dois seres, tão diferentes, tão distintos, como explicar uma paixão entre seres de amor impossível.
Por mais que a flor fosse um ser inerte no jardim, sua alma amava.
Por mais que o vampiro fosse um ser da noite, sua alma amava.
Como unir dois seres tão diferentes, como dois seres diferentes encontram a paixão de um pelo outro no meio do inimaginável, no meio do impossível.
O vampiro deseja ter a flor por todo o tempo, mas não poderia ficar no jardim ao nascer do sol, a flor não poderia ir com o vampiro, pois precisava de suas raízes para viver.
Era sempre um encontro noturno e um desencontro diurno, dia após dia se repetia o desencontro.
Eis que um dia a flor já não agüentando a solidão do dia e querendo loucamente ir para os braços do vampiro resolveu perder o medo e tomar uma decisão.
Ao primeiro momento todas as suas amigas do jardim acharam uma loucura, como uma flor vai sobreviver sem as suas raízes, como uma flor aposta sua vida em um amor até então impossível.
Antes dos primeiros raios do sol a flor disse ao vampiro, hoje quando você se for eu irei com você. Assustado com a atitude da flor o vampiro prontamente perguntou, como, você precisa de suas raízes para se alimentar, para viver.
Nesse momento a flor já decidida com a atitude a ser tomada respondeu, de que adianta ter raízes se vou perder esse amor, prefiro perder essas raízes e construir novas raízes com esse nosso amor.
Acreditando na possibilidade desse amor dar certo mesmo com todas as diferenças, a flor foi tomada de um momento de êxtase profundo e se soltou de suas raízes pulando no colo do vampiro. O vampiro cuidadosamente abraçou a flor e a protegeu, já sem as raízes passadas, a flor poderia criar novas raízes e dessa vez perto do seu amor..



......Sempre tive paixão pelas flores, não gosto muito de vampiros mas como sei que esta na moda resolvi unir uma coisa que gosto muito e uma outra que esta na moda com um único objetivo, mostrar a todos que por aqui passam a infinita possibilidade de felicidade que temos.

Basta por alguns momentos soltar as nossas raízes, nossas amarras e viver intensamente um novo amor, uma nova aventura, uma nova possibilidade.

A vida gosta de quem gosta dela, de quem tem coragem para viver cada momento da felicidade.

As perdas são importantes para que tenhamos os ganhos, Deus nunca fecha uma porta sem antes abrir uma janela....

Postado por Rogério Marcos como uma forma de homenagear a todos que acreditam no impossível.

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